Rio - O sepultamento do corpo do pedreiro Ermínio Cosme Pereira, de 56 anos, foi marcado pela revolta de parentes e amigos na manhã desta segunda-feira, no Cemitério de Itaipu, na Região Oceância de Niterói. Ermínio morreu após ser atropelado pelo subsecretário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Alexandre Felipe, na madrugada de sexta-feira. Outras quatro pessoas ficaram feridas.
"Infelizmente é mais um crime que vai ficar na impunidade. Nossa família queria que ele estivesse vivo e não precisamos de dinheiro para pagar as custas do enterro", disse Maria José Barreto, de 50 anos, irmã do pedreiro.
Ainda de acordo com ela, Ermínio teria ficado sem assistência médica adequada por cerca de 11 horas na Unidade Municipal de Emergência Mario Monteiro, em Niterói. Ela disse ainda que a família foi avisada da internação do pedreiro apenas no fim da manhã de sexta-feira e que no boletim de entrada no hospital constava que ele havia sido vítima de um acidente de bicicleta.
Uma das vítimas prestou depoimento
Uma das vítimas do atropelamento cometido pelo subsecretário, Silvana Braga de Souza, de 30 anos, prestou depoimento na manhã desta segunda-feira na 81ª DP, em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói. Ao todo quatro pessoas ficaram feridas e uma morreu no acidente. Silvana saía da casa da cunhada com os filhos Felipe, de 5, e Gabriel, de 2, que estava em um carrinho de bebê.
Silvana relatou que sente muita dor no braço esquerdo, nas pernas, e na coluna, o que causa dificuldade para se locomover. A vítima reafirmou que o carro do subsecretário estava em alta velocidade e em zig-zag e que Alexandre não prestou socorro. "Quero que ele pague pelo que fez de alguma forma", exigiu.

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